A Economia está hoje dividida em duas grandes subáreas: a microeconomia e a macroeconomia.
Adam Smith é habitualmente considerado o fundador da Microeconomia, o ramo da economia que actualmente trata o comportamento de entidades individuais como os mercados, as empresas e as famílias. Na obra A Riqueza das Nações(1776), A. Smith analisou como o preço de cada coisa era estabelecido, estudou a determinação dos preços da terra, do trabalho e do capital e investigou os pontos fortes e fracos do funcionamento do mercado. Mais importante ainda, identificou as propriedades notáveis de eficiência dos mercados e explicou como o interesse próprio dos indivíduos funcionando através do mercado concorrencial pode gerar um beneficio económico geral.
A microeconomia actualmente vai alem das preocupações iniciais ao incluir o estudo do monopólio , o papel do comercio internacional, das finanças e de muitos outros assuntos vitais.
O outro ramo da nossa matéria é a Macroeconomia que tem a ver com o desempenho global da economia, A macroeconomia nem sequer existia na sua formulação moderna antes de 1936 quando John Maynard Keynes publicou a sua obra revolucionaria, Teoria Geral do Emprego, do Juro e do Dinheiro. Nessa época a Inglaterra e os EUA ainda se debatiam com a Grande Depressão dos anos 1930. com mais de um quarto da população activa norte-americana no desemprego. Na sua teoria Keynes desenvolveu uma análise das causas e dos ciclos económicos com períodos alternados de desemprego e elevada inflação.
Actualmente a macroeconomia examina uma grande variedade de assuntos, tais como a determinação do investimento e do consumo global, como os bancos centrais fazem a gestão da moeda e das taxas de juro, o que causa as crises financeiras internacionais e por que razão alguns países se desenvolvem rapidamente enquanto outros estagnam. Embora a macroeconomia tenha progredido imenso desde as suas primeiras conclusões, as questões abordadas de Keynes ainda continuam a delimitar o estudo actual da macroeconomia.
Assim será no âmbito da Macroeconomia que mais recairão as minhas analises e a minha abordagem, visto que é nesta área que residem os maiores problemas da nossa Economia actual.
quinta-feira, 11 de abril de 2013
Escassez e Eficiência : Os temas Gémeos da Economia
Iniciemos com uma definição de economia, ou ciência económica. Ao longo do ultimo meio século o estudo de economia expandiu-se incluindo um vasto leque de temas. Eis alguns dos principais assuntos que são tratados pela economia:
Pensemos num mundo sem escassez. Se pudessem ser produzidas quantidades infinitas de qualquer bem, ou se os desejos humanos fossem completamente satisfeitos, quais seriam as consequências??
A pessoas não se preocupariam em ampliar os seus rendimentos, as empresas não necessitariam de se preocupar com o custo do trabalho ou com os cuidados de saúde, os governos não se preocupariam com os impostos, despesas ou poluição porque ninguém se importaria. Alem disso, dado que cada um poderia ter tanto quanto lhe apetecesse, ninguém se preocuparia com a repartição do rendimento entre os diferentes indivíduos ou classes.
Num tal panorama de abundância tudo seria livre, todos os bens seriam livres, tal como a areia do deserto ou a água do mar na praia. Todos os preços seriam zero e os mercados desnecessários.
Mas nenhuma sociedade atingiu a utopia das possibilidades ilimitadas. O nosso mundo é um mundo de escassez repleto de bens económicos. Numa situação de escassez os bens são limitados relativamente aos desejos, e dada a existência de desejos ilimitados, é importante que uma economia faça melhor o uso dos seus recursos limitados. E isso leva-nos à noção fundamental de eficiência.
Eficiência corresponde à utilização mais efectiva dos recursos de uma sociedade na satisfação dos desejos e das necessidades da população. Em contraste, considere um economia com monopólios sem controlo ( existência de uma só empresa vendedora de um determinado produto, que não tem próximos substitutos, sendo a procura constituída por numerosos compradores, determina e estabelece o preço de venda do mercado), ou com poluição prejudicial à saúde ou com corrupção governamental. Uma economia assim produzirá menos do que seria possível sem a existência desses factores, ou produzirá um conjunto distorcido de bens, o que deixará os consumidores numa situação pior do que a que existiria se tal não ocorresse - sendo em qualquer caso uma afectação ineficiente de recursos.
- A Economia explora o comportamento dos mercados financeiros, incluindo taxas de juro, taxas de cambio e cotações de acções;
- No assunto examinam-se as razões porque algumas pessoas, ou países têm rendimentos elevados, enquanto outros são pobres; avança com a analise de formas para a redução da pobreza sem prejudicar a economia;
- Estuda os ciclos económicos - as flutuações no credito, desemprego e inflação - bem como as politicas para os moderar;
- A economia estuda o comércio e as finanças internacionais e os impactos da globalização, e analisa em especial os temas espinhosos relacionados com a abertura das fronteiras ao comercio livre;
- Questiona como as políticas governamentais podem ser usadas para atingir objectivos importantes, tais como um rápido crescimento económico, o uso eficiente de recursos, o pleno emprego, a estabilidade dos preços e uma repartição justa do rendimento.
A Economia é o estudo da forma como as sociedades utilizam os recursos escassos para produzir bens e serviços com valor e para os distribuir entre indivíduos diferentes.
Pensemos num mundo sem escassez. Se pudessem ser produzidas quantidades infinitas de qualquer bem, ou se os desejos humanos fossem completamente satisfeitos, quais seriam as consequências??
A pessoas não se preocupariam em ampliar os seus rendimentos, as empresas não necessitariam de se preocupar com o custo do trabalho ou com os cuidados de saúde, os governos não se preocupariam com os impostos, despesas ou poluição porque ninguém se importaria. Alem disso, dado que cada um poderia ter tanto quanto lhe apetecesse, ninguém se preocuparia com a repartição do rendimento entre os diferentes indivíduos ou classes.
Num tal panorama de abundância tudo seria livre, todos os bens seriam livres, tal como a areia do deserto ou a água do mar na praia. Todos os preços seriam zero e os mercados desnecessários.
Mas nenhuma sociedade atingiu a utopia das possibilidades ilimitadas. O nosso mundo é um mundo de escassez repleto de bens económicos. Numa situação de escassez os bens são limitados relativamente aos desejos, e dada a existência de desejos ilimitados, é importante que uma economia faça melhor o uso dos seus recursos limitados. E isso leva-nos à noção fundamental de eficiência.
Eficiência corresponde à utilização mais efectiva dos recursos de uma sociedade na satisfação dos desejos e das necessidades da população. Em contraste, considere um economia com monopólios sem controlo ( existência de uma só empresa vendedora de um determinado produto, que não tem próximos substitutos, sendo a procura constituída por numerosos compradores, determina e estabelece o preço de venda do mercado), ou com poluição prejudicial à saúde ou com corrupção governamental. Uma economia assim produzirá menos do que seria possível sem a existência desses factores, ou produzirá um conjunto distorcido de bens, o que deixará os consumidores numa situação pior do que a que existiria se tal não ocorresse - sendo em qualquer caso uma afectação ineficiente de recursos.
A Eficiência Economia exige que uma economia produza a mais elevada combinação de quantidade e qualidade de bens e serviços dada a sua tecnologia e recursos escassos. Uma economia está a produzir eficientemente quando o bem-estar económico de nenhum individuo pode ser melhorado, a menos que o de outro individuo fique pior. (Samuelson)
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